quinta-feira, 21 de junho de 2012

Com uma tarde repleta de crianças e inspirada pela música, a Messejana nem pareceu tão distante

Vista da Casa José de Alencar (UFC)

Uma iniciativa que surge como embrião de uma escola pública de música em Fortaleza: esse foi, possivelmente, o principal critério da nossa equipe para ir até à Casa José de Alencar, na Messejana, para fazer uma reportagem sobre a Casa de Estudos Musicais (CEM). Para nós, era fundamental acompanhar uma tarde inteira do funcionamento das aulas de musicalização infantil para os 40 alunos da escola municipal José de Carvalho atendidos pelo projeto.
 
Chegamos um pouco antes das duas da tarde, na quinta-feira dia 31 de maio, para reconhecer o espaço e aguardar a chegada das crianças. Levamos câmera fotográfica, caderno de anotações e gravador de áudio, equipamento básico para qualquer jornalista. 
 
João Luis Studart, coordenador do projeto CEM
 
Os professores da CEM estavam terminando de almoçar, enquanto discutíamos os detalhes da pauta. Era como um pequeno ensaio: o que perguntaríamos para as pessoas, de que personagens iríamos nos aproximar, que ângulos explorar nas fotos. Foi o prelúdio da reportagem. 
 
No projeto, as próprias crianças são estimuladas para a regência coral
 
No desenvolvimento da apuração, falaríamos com os alunos, os professores e com a família dos aprendizes da música. Pedimos autorização para fotografar e filmar partes das aulas, em que todos ali descobriam juntos formas de ensinar e de aprender sobre música. 
 
O que chamou a atenção foi a curiosidade das crianças, o encanto que veio pelos contatos iniciais com os sons, que vinham do interior delas e integradas ao coletivo do canto coral ou do toque lúdico dos instrumentos musicais. Era empolgante e comovente estar ali, porque víamos de forma concreta a prática da cidadania, a beleza sonoramente traduzida, a música de volta à escola brasileira. 
 
Ainda deu tempo de tentar uma "palhinha" de cavaquinho
Ainda deu tempo de tentar uma "palhinha" de cavaquinho
 
Quando o ônibus chegou, por volta de 4 horas da tarde, as crianças estavam sorridentes, satisfeitas por mais um dia de aulas de música, de atividade artística. Em duas horas, tiveram acesso a um direito há muito distante da educação básica no Brasil. Voltariam contentes para casa, talvez cantarolando melodias e contando nos dedos para que a semana passasse logo para o próximo encontro com a música.   
 
Após uma tarde plena de música, as crianças vão para casa
 
A gente também retornaria, para fazer o relato como comunicadores em formação que somos, para tratar de textos, fotos e do vídeo a partir do rico material humano que captamos naquela tarde.
 
 
Texto: Marco Fukuda e Murilo Viana
Fotos: Marco Fukuda 

Um comentário:

Naia disse...

Não sei pq acho q esse texto foi escrito pelo Marco, dada sua relação com a música e a emoção em ver crianças já deidilhando instrumentos e tendo uma lição de sensibilidade. Me desculpem os demais, se o texto foi realmente coletivo, mas, a mim, se sobressaiu a presença do Marco, exatamente pela identificação dele com a pauta. O jornalismo tem dessas coisas, meninos, gera encantamento. E espero que toda essa sensibilidade esteja presente no restante do material dessa pauta. Ah, adorei a foto descontraída tb.